O que é? Quais
seus principais efeitos? Por que acontece? Quem sofre? Sexta, no Globo Repórter (ou Segunda, no Segundo Período)
Okay, não importa a parte do dia em que tu estás lendo isso, afinal, bom
dia é a melhor expressão. De qualquer forma, boa tarde e boa noite também.
Independente de quando ou onde, o preconceito está presente em
tudo: no que vestimos, no que comemos, no que gostamos e, como não podia deixar
de ser, nos livros que lemos. Ah, o preconceito! Mas o que é preconceito literário afinal?
Talvez muita gente nunca tenha ouvido falar de preconceito literário. Pode parecer algo
pouco frequente, mas quando observado pelos leitores que, de alguma forma,
sofrem esse tipo de preconceito, percebe-se o quão comum ele pode ser.
Uma forma bastante generalizada de defini-lo é o julgamento ofensivo
sobre uma pessoa, baseado no que ela lê ou deixa de ler, muitas vezes
calculando o nível de inteligência pelo seu estilo literário.
Alguns gêneros e estilos bastante criticados são erotismo,
autoajuda, best-sellers e os famosos romances “água com açúcar”, além
de livros nacionais. Alguns exemplos são Cinquenta Tons de Cinza, A Culpa é das
Estrelas, e obras de escritores como Augusto Cury, Nicholas
Sparks e Paula Pimenta.
Outro ponto que vale destacar é o preconceito quanto ao gênero da pessoa
que lê os livros. Por que uma menina pode ler romances e um menino é julgado por
isso? Ou por que um garoto tem licença para ler ficção científica enquanto uma
garota não se enquadra nesse padrão? Esse tipo de preconceito é deveras
frequente, principalmente no caso dos garotos leitores de romances. Pense por
você, qual a primeira coisa que pensa ao ver um menino com um livro de capa
rosa na mão? Provavelmente, que ele é gay. Mas nem sempre é assim.
O preconceito é um assunto que sempre gera discussões e, em se tratando
do literário, uma gama delas se apresenta. Há, por exemplo, etnocêntricos convictos, que possuem seu estilo de
leitura e o incentivam, julgando de acordo com o seu padrão o que seja ou não
bom. Por outro lado, apresentam-se também os relativistas que defendem que, em
um país de poucos adeptos da leitura como o Brasil, o importante mesmo é ler,
seja Shakespeare ou Erika Leonard James (autora de Cinquenta Tons de Porcaria).
Tendo em vista o que é o preconceito literário, suas consequências e as
principais opiniões a seu respeito, será que seria errado pressupor opiniões a
respeito de alguém que está lendo um livro de um gênero que não o agrada tanto
assim? Ou então, seria
certo julgar uma pessoa pelo tempo que ela leva para ler determinado livro? De
repente, a literatura não seria um bem de qualquer forma, independente de seu
gênero? Afinal, o importante de verdade não é ler, não importa o quê?

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